DESBRAVADANÇA: CONEXÃO
ITAPIPOCA/CEARÁ/BRASIL
Através do prêmio Funarte de Dança Klauss
Vianna 2011/ Ministério da Cultura, a Cia Balé Baião celebra seus 18 anos
circulando em três estados brasileiros: Piauí, Bahia e Rio de Janeiro,
compartilhando da oficina de criação “Plásticas e poéticas da improvisação em
dança”, do vídeo-dança “Tábua” e apresentando o espetáculo “Lamentos e gozos da
Imperatriz de Itapipoca”.
A oficina-vivencia é destinada a dançarinos, atores,
professores de dança, pesquisadores e criadores. Ela é resultado de
investigações e experimentos da Cia iniciadas em 1999 e sistematizadas em 2004
através da premiação do Edital de Incentivo às Artes da Secretaria de cultura
do Estado do Ceará (SECULT) na área de Pesquisa de Linguagem em Dança. Gerson
Moreno, Cacheado Braga, Glaciel Farias, Rony de Souza, Viana Júnior e Edileusa
Inácio ministram a oficina.
O vídeo-dança “Tábua” é uma obra coletiva inspirada no
espetáculo “Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca” sob orientação
de Marcos Rudof e Rômulo de Paula da ONG Alpendre/
Fortaleza-CE, via ações formativas da Bienal Internacional de Dança do Ceará
2011 (Pontão de Cultura). O roteiro e direção é de Cacheado Braga,
direção coreográfica Gerson Moreno, edição Cia Balé Baião e Núcleo
Baião Jovem.
O espetáculo “Lamentos e gozos da
Imperatriz de
Itapipoca” nasceu da colaboração de três coreógrafos nacionais que estiveram em
residências de criação no Galpão da Cena de Itapipoca em 2010, espaço de
pesquisa, criação e difusão do trabalho da Cia Balé Baião: Marcelo
Evelin (Piauí) via Ações Formativas do Festival Nacional de Dança do
Litoral Oeste do Ceará em parceria com a Funarte e Secult, Andrea
Bardawil (Ceará) e Lia Rodrigues (Rio de Janeiro)
através das Ações formativas da Bienal de Dança De Par em Par. Sob direção
de Gerson Moreno o espetáculo é um diálogo imagético com um
pedaço de madeira retangular e com o espaço que se constrói nas relações
estabelecidas entre os corpos dos sete intérpretes-criadores. Em cena os
dançarinos Edileusa Inácio, Cacheado Braga, Glaciel Farias, Rony de
Souza, Edilene Soriano, Viana Júnior e Gerson Moreno. Na assistência
técnica Gidalto Paixão.
RELEASE
Despretensão em fazer, desfazer-se de
excessos, exercício de desapego à própria dança enquanto produção de “movimento
explícito”, descompromisso com “temas inspiradores” para compor...
Muito mais que construir movimentos
corporais expressivos, lineares e expansivos, esse trabalho desafia os
interpretes da Cia a “estarem presentes” em constante acolhimento e cooperação,
edificando “Imagens Efêmeras” e “Estados de Presença” através do contato direto
e indireto com um pedaço de madeira retangular. Os contatos estabelecidos com a
madeira criam “Tensões Cênicas” acarretadas de silêncio e vazio que transbordam
em “Extensões Espaciais” responsáveis por arquitetar ambiências poéticas,
lugares de encontro e permanência, portais de infinitos tamanhos e formatos que
se abrem no invisível e no indizível.
Lamentos e gozos da Imperatriz de
Itapipoca é um fluxo de ocupações e permanências corpóreas que
despretensiosamente rompe com as mobilizações rotineiras da cidade, burla com a
violência visual/midiática/comercial e convida o público ao exercício do olhar
poético, da contemplação e leitura particular do que se constrói/mostra em/na
cena.
FICHA TÉCNICA
Direção
Gerson Moreno
Intérpretes-criadores:
Cacheado Braga
Edileusa Inácio
Edilene Soriano
Glaciel Farias
Gerson Moreno
Roniele de Souza
Viana Júnior
Apoio técnico
Gidalto Paixão