Através do prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2011/ Ministério da Cultura, a Cia Balé Baião de Dança Contemporânea de Itapipoca-CE estará celebrando seus 18 anos de atuação no estado circulando em três estados brasileiros no primeiro semestre de 2012, compartilhando da oficina de criação “Plásticas e poéticas da improvisação em dança”, do vídeo-dança “Tábua” e apresentando o espetáculo “Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca”. O nome dessa ação é Desbravadança: conexão Itapipoca/Ceará/Brasil. Essa Circulação tem como proponente a Associação de Artes Cênicas de Itapipoca (AARTI), entidade-mãe que agrega núcleos de dança, audiovisual e percussão no Ponto de Cultura Galpão da Cena de Itapipoca.

Sobre o espetáculo:

“Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca”
Através das Ações Formativas do MINC/FUNARTE realizadas no Litoral Oeste do Ceará em 2010 e do “CIRCULADANÇA” promovido pela Bienal Internacional de Dança do Ceará, recebemos em Itapipoca três coreógrafos que têm como foco de pesquisa e produção a Performance na Dança Contemporânea, entre eles Marcelo Evelin (PI), Andrea Bardawil (CE) e Lia Rodrigues (RJ). Os três contribuíram separadamente, cada um em um mês específico, com a montagem de um espetáculo para palco chamado: “Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca”.
A dramaturgia do trabalho nasce da “despretensão em fazer”, do desfazer-se de excessos, do exercício de desapego à própria dança enquanto produção de “movimento explícito” e do descompromisso com “temas inspiradores” para desenvolver sua composição.
Muito mais que construir movimentos corporais expressivos, lineares e expansivos, esse trabalho desafia os interpretes da Cia a estarem presentes em constante acolhimento e cooperação, edificando “Imagens Efêmeras” e “Estados de Presença” através do contato direto e indireto com um pedaço de madeira retangular. Os contatos estabelecidos com a madeira criam “Tensões Cênicas” acarretadas de silêncio e vazio que transbordam em “Extensões Espaciais” responsáveis por arquitetar ambiências poéticas, lugares de encontro e permanência, portais de infinitos tamanhos e formatos que se abrem no invisível e no indizível.
Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca é um fluxo de ocupações e permanências corpóreas que despretensiosamente rompe com as mobilizações rotineiras da cidade, burla com a violência visual/midiática/comercial e convida o público ao exercício do olhar poético, da contemplação e leitura particular do que se mostra em cena.
...

RELEASE

Despretensão em fazer, desfazer-se de excessos, exercício de desapego à própria dança enquanto produção de “movimento explícito”, descompromisso com “temas inspiradores” para compor...

Muito mais que construir movimentos corporais expressivos, lineares e expansivos, esse trabalho desafia os interpretes da Cia a “estarem presentes” em constante acolhimento e cooperação, edificando “Imagens Efêmeras” e “Estados de Presença” através do contato direto e indireto com um pedaço de madeira retangular. Os contatos estabelecidos com a madeira criam “Tensões Cênicas” acarretadas de silêncio e vazio que transbordam em “Extensões Espaciais” responsáveis por arquitetar ambiências poéticas, lugares de encontro e permanência, portais de infinitos tamanhos e formatos que se abrem no invisível e no indizível.

Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca é um fluxo de ocupações e permanências corpóreas que despretensiosamente rompe com as mobilizações rotineiras da cidade, burla com a violência visual/midiática/comercial e convida o público ao exercício do olhar poético, da contemplação e leitura particular do que se constrói/mostra em/na cena.

FICHA TÉCNICA
Direção
Gerson Moreno

Intérpretes-criadores:
Cacheado Braga
Edileusa Inácio
Edilene Soriano
Glaciel Farias
Gerson Moreno
Roniele de Souza
Viana Júnior

Apoio técnico
Gidalto Paixão

Sobre as apresentações do espetáculo:

O projeto apresentado propõe a circulação do espetáculo de dança “Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca” em três estados brasileiros: Piauí, Bahia e Rio de Janeiro, especificamente em teatros e/ou centros culturais, sedes de entidades/associações/cias de dança e espaços alternativos afins.
Pretendemos permanecer em cada estado durante quatro dias. Nessa frequência realizaremos apresentações do espetáculo e ministraremos uma oficina de criação chamada: “Plásticas e poéticas da improvisação”, aberta a intérpretes-criadores, coreógrafos e professores de dança e teatro atuantes nas cidades/estados contemplados.
A circulação acontecerá em parceria/articulação com grupos/cias/artistas locais que desenvolvem pesquisas na área de Performance e Dança Contemporânea. Nosso produtor fará contato através de e-mail com articuladores locais vinculados a esses artistas/grupos para mobilizar as logísticas da circulação: cidades/locais de apresentação, hospedagens e traslados da Cia em cada cidade/local e finalmente as inscrições de artistas para as oficinas que serão ministradas pelo Balé Baião.
Os articuladores locais farão a divulgação das apresentações e oficina através de cartazes que serão colocados em locais estratégicos de cada cidade tais como: empresas, sedes de grupos/cias/entidades, academias de dança, escolas públicas, universidades, shoppings, teatros municipais e centros culturais, como também através de redes sociais (Facebook, Twitter, E-mail), blog e site do Balé Baião, enviando cartazes e convites virtuais para artistas, ONGs, associações sócio-culturais, escolas públicas, universidades, igrejas, secretarias municipais/estaduais e prefeituras.
Como somos uma Cia do interior nordestino e sabemos muito bem da carência de ações em dança, sobretudo de circulação de espetáculos nos interiores de nosso país, pretendemos apresentar o espetáculo em cada estado contemplado priorizando sempre duas cidades do interior nessa rota e em seguida habitarmos a capital.
O espetáculo se adéqua a qualquer tipo de espaço cênico fechado e não exige iluminação elaborada. Nesse caso ele poderá acontecer também durante o dia caso haja demanda pra esse horário e poderá ser apresentado nos mais diversos espaços que forem disponibilizados pelos parceiros locais (salões comunitários, sedes de associações etc), contando que os mesmos possam abrigar confortavelmente o público e o espetáculo. Para isso será feita antecipadamente uma pesquisa pelo articulador local dos locais a serem escolhidos para as apresentações e oficinas, que estará constantemente em contato com nosso produtor através de e-mail.
O trabalho a ser apresentado não exige uma quantia exata de pessoas assistindo-participando da plateia, mas que podemos delimitar (dependendo do espaço que será ocupado) entre 100 e 200 pessoas. Ele pode ser visto em arena com o público sentado próximo aos bailarinos ou no palco com as pessoas sentadas em cadeiras. Sua duração varia entre 30 e 40 minutos.
...

Sobre a oficina de criação

O objetivo principal da oficina é a vivência prática das técnicas de criação em dança desenvolvidas pelo Balé Baião tendo como focos a improvisação na cena, a construção de “qualidades de presença” do intérprete e o desenvolvimento de metáforas corporais a partir da construção de imagens instantâneas no espaço.
A pesquisa de linguagem da Cia Balé Baião começou a ser catalogada e codificada em 2005 através de uma premiação da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT) via Edital de Incentivo às Artes, na área de Pesquisa de Linguagem em Dança. Essa pesquisa foca a criação de movimento expressivo e a construção de verdades cênicas pela fisicalidade do intérprete. A investigação fundamenta-se nos princípios de Von Laban (Alemanha) e no contato-improvisação de Steven Paxton (EUA).
Dançarinos e atores experimentarão proposições e jogos de criação desenvolvidos pelo Balé Baião em solo, dupla e grupo na tentativa de edificar “estados de presença” ou “tensões cênicas” até chegarem a fluxos de movimentos orgânicos em relação ao espaço ocupado.
Serão trabalhados cinco exercícios:
1. Reconhecimento do corpo nos seus fragmentos e totalidade de forma individual;
2. Reconhecimento dos corpos dos outros em seus fragmentos e totalidades através do contato;
3. Reconhecimento e estudo do espaço ou da estrutura concreta escolhida para performar: texturas, espessuras, larguras, tamanhos, maleabilidades e vácuos a serem preenchidos;
4. Criação de imagens corporais acopladas nos espaços/estruturas com imobilidades despretensiosas. Ativação de partes específicas do corpo em diálogo com o espaço/estrutura tendo como vetores: o tônus muscular, divisão de peso, oposição de forças, apoio em repouso, apoio ativo, fluxo de movimento, fluxo interrompido do movimento, gesto estacato, contensão e expansão do movimento;
5. Criação de imagens corporais acopladas em outros corpos (duos ou trios) em diálogo com os espaços/estruturas com imobilidades, repousos, divisões de peso, oposições de força, fluxos de movimento, sustentações, equilíbrios e desequilíbrios.
Deverão se inscrever entre 15 e 20 pessoas de Cias, grupos e coletivos que pesquisam ou querem experimentar práticas de criação em dança.
A oficina terminará com uma avaliação do trabalho em forma de roda de debate. Também será entregue uma declaração a cada participante com assinatura dos professores, logomarcas de nossa entidade e FUNARTE.
No final da circulação pretendemos produzir um vídeo-documentário e um vídeo-dança a partir das imagens coletadas em cada estado visitado. Esse material será publicado no site e blog da Cia, enviado aos grupos que participaram das oficinas e para a FUNARTE.

Cia Balé Baião

Atuante há 17 Anos em Itapipoca e litoral oeste do Ceará, a Cia Balé Baião vem desenvolvendo um trabalho pioneiro de pesquisa, criação, produção de Dança Contemporânea.

Formada por bailarinos-intérpretes-criadores, o Balé Baião apresenta um leque diversificado de atividades de cunho artístico e sócio-educativo que contemplam ações permanentes na cidade, localidades, cidades vizinhas, estado e país.
Atualmente a Cia é núcleo de uma entidade jurídica sem fins lucrativos chamada ASSOCIAÇÃO DE ARTES CÊNICAS DE ITAPIPOCA - AARTI, que tem como focos:
Promover o desenvolvimento e difusão da dança nas suas diversas linguagens;
Proporcionar aos seus associados e a comunidade assistida programas de capacitação, pesquisa, produção e difusão em artes cênicas nas suas diversas vertentes;
Estimular o intercâmbio com artistas e/ou grupos atuantes no estado do Ceará, Brasil e Mundo;
Criar, assessorar, apoiar e/ou promover mostras, festivais, encontros, oficinas, cursos, residências e fóruns de dança de âmbito local, estadual e nacional, em parceria com entidades, ONGs e empresas afins;
Com a entrada de Gerson Moreno no Colégio de Dança do Ceará (Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura), solidificou-se a possibilidade de se pensar uma dança com personalidade própria, nutrida de pesquisas coletivas desenvolvidas no litoral oeste do ceará, na cidade de Itapipoca. Desde então, foram muitos os laboratórios de criação e consequentemente os espetáculos produzidos e apresentados pela Cia Balé Baião, tanto no interior cearense como na capital, atingindo sobretudo, o público que não têm acesso a dança contemporânea.
O ponto alto das aparições da Cia se deu com a Bienal Internacional de Dança do Ceará, que desde sua primeira edição em 1997 absorve o interior cearense oferecendo oficinas, debates e mostras alternativas para coreógrafos e bailarinos Cias independentes. Em 2007 o Balé Baião foi selecionado para apresentar-se na programação oficial da bienal com o espetáculo “Advento do Ser, metáforas da inquietude” e em 2009 com o espetáculo “Sólidos”, que também, a convite da bienal, apresentou-se em Cabo Verde – África, na cidade de Praia, dentro da programação oficial de apresentações de espetáculos do Conexão Cabo Verde.
Dirigida por Gerson Moreno, a Cia Balé Baião apresenta em seu repertório espetáculos montados em processos colaborativos. A estética e dramaturgia dos trabalhos coreográficos do Balé Baião nascem de questões relacionadas ao Corpo Contemporâneo: suas inquietudes, ânsias, buscas e achados históricos, e se configura na cena através de experimentos constantes de improvisação corporal em solo e grupo a partir de jogos desenvolvidos pelo Balé Baião e de residências/ intercâmbios com artistas/ coreógrafos convidados.
Eis os principais espetáculos do Repertório da Cia Balé Baião:
Pátria Sertaneja (1997)
Etnia, o baião das três raças (1999)
Performance Pão para cinco pratos (1999)
Rebento, dançando o que restou... (2001)
Carne Benta (2003)
Intimidades (2004)
Sincronia Quebrada (2005)
Finitude (2006)
Advento do Ser (2006)
Advento do Ser, metáforas da inquietude (2007)
Remanescentes (2007)
Sólidos (2008)
Parágrafos e reticências (2009)
Em quatro compartimentos (2010)
Negrume (2010)
Lamentos e Gozos da Imperatriz de Itapipoca (2010)
Sobre aquilo que permanece (2011)


Formação técnica da Cia

A base de formação técnica dos intérpretes-criadores da Cia Balé Baião é plural. Todos os membros da Cia passaram por oficinas, cursos e residências ministradas por diversos professores, pesquisadores e coreógrafos, profissionais que se destacam nas áreas de investigação, ensino e produção de Dança e Performance no Ceará, Brasil e Mundo.

1. 1997: Teatro Físico (corpo e construção de movimento) via Movimento de Artistas da Caminhada (MARCA), com Gero Camilo, CE/ SP.

2. 1998: Dança Contemporânea (Jogos de criação, improvisação e acrobacia na dança) via Secretaria de Cultura do Estado (SECULT), com Acleilton Vicente e Silvia Moura, CE.

3. 2001: Dramaturgia na dança, um olhar de dentro (anatomia da dança e criação de movimento expressivo) via Bienal Internacional de Dança do Ceará, oficina ministrada por Valéria Cano Bravi e Lu Favoreto da Cia Nova Dança, RJ.

4. 2001. Oficina de Improvisação e composição (exercícios e jogos de criação em solo e duo através do sistema Laban - Alemanha) via Bienal Internacional de Dança do Ceará, ministrada por Diane Elshout e Frank Handeler, Alemanha.

5. 2003: Oficina de Danças Tradicionais Nordestinas (Frevo e Cavalo Marinho) com a dançarina e atriz Rosane Almeida (esposa de Antônio Nóbrega) – PE, na Bienal Internacional de Dança do Ceará.

6. 2003: Técnica de Martha Graham (Dança Moderna Americana) via Instituto Dragão do Mar, com Rosa Primo, diretora da Faculdade de Dança do Ceará.

7. 2004: Introdução ao Balé Clássico (Método Vaganova) via Instituto Dragão do Mar, com Flávio Sampaio, CE.

8. 2005: Curso de capacitação em dança cênica (Danças Tradicionais Populares, Consciência Corporal e Composição Coreográfica), via Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e Instituto Dragão do Mar, com Possidônio Montenegro, Edileusa Inácio e Gerson Moreno, CE.

9. 2008: Residência de Vídeo-dança, (História do cinema, história do vídeo-dança, técnicas de vídeo-dança, produção, edição e mostra de vídeos-dança da Cia Balé Baião), via Terceira Margem, encontro de Par em Par da Bienal Internacional de Dança do Ceará com Alexandre Veras da ONG Alpendre, CE.

10. 2009: Curso de Dança Moderna, técnica de José Limon, via pró-dança (Associação de bailarinos, coreógrafos e professores de dança do Ceará), com Thaís Andrade, CE.

11. 2009: Residência de Teatro Físico com os Los Corderos, Espanha, dentro da programação de aniversário dos 100 Anos do Teatro José de Alencar, no evento Zona de Transição, Fortaleza - CE.

12. 2009: Residência Internacional de Contato-improvisação com a Cia de Dança da Finlândia As2wrists, através do Ministério de Relações Exteriores da Finlândia e Bienal Internacional de Dança do Ceará.

13. 2009: Residência de Sistema Laban (composição coreográfica e dança-educação) com a doutora e coreógrafa Isabel Marques – SP, via Festival Nacional de Dança do Litoral Oeste – CE.

14. 2010: Oficina de Dança afro contemporânea (técnicas de improvisação em solo e em contato a partir dos códigos de dança afro brasileiro) via Encontro Nacional dos Pontos de Cultura “Teia Cultural”, com a bailarina, coreógrafa e doutora Kiusam de Oliveira - SP.

15. 2010: Residência de Performance Contemporânea com Marcelo Evelin (PI) via Ações formativas do MINC-FUNARTE, Festival de Dança do Litoral Oeste.

16. 2010: Residência de Composição Coreográfica com Lia Rodrigues (RJ) por ocasião do CIRCULADANÇA no interior, ação da Bienal Internacional de Dança do Ceará em parceria com a Cia Balé Baião.

17. 2010: Oficina de Butoh (Taanteatro) com Maura Baiocchi (SP) por ocasião do CIRCULADANÇA no interior, ação da Bienal Internacional de Dança do Ceará em parceria com a Cia Balé Baião.

18. 2011: 2ª. Residência Internacional de Contato-improvisação com a Cia de Dança da Finlândia As2wrists, através do Ministério de Relações Exteriores da Finlândia e Bienal Internacional de Dança do Ceará.

19. 2011: Laboratório Escrita do Movimento e interferência na cidade, com Joubert Arrais, mestre e crítico em dança (CE), em colaboração com o Centro de Pesquisa em Movimento (CEM) de Portugal.

20. 2011: Oficina Potencialização do Corpo na Cena com Carlos Simioni (Grupo LUME – SP) através do CIRCULADANÇA, ação da 8ª Bienal Internacional de Dança no Interior em parceria com o Ponto de Cultura Galpão da Cena de Itapipoca.


Circulação da Cia>>
Ceará

Circuito Ceará de Cultura (Sebrae/ Sobral e Tianguá):
Espetáculo: “Carne Benta” – De 2003 a 2004;

Festival Nacional de Dança do Litoral Oeste, Itapipoca, Trairi e Paracuru:
Espetáculos: “Finitude, sobre o tempo e a eterna idade”, “Pátria Sertaneja” e “Sólidos” – De 2006 a 2007;

Mostra de Solos e Duos de Trairi-CE:
Espetáculos autorais dos intérpretes-criadores da Cia: “Singularidades”, “Na sala de espera”, “Ritual”, “Meninos e homens” e “Amores difíceis” – De 2005 a 2006;

Mostra de Dança de Paracuru-CE:
Espetáculos: “Carne Benta” e “Sincronia quebrada” – De 2004 a 2005;

Mostra de Artes Cênicas de Itapipoca “Intenções”:
Espetáculos: “Advento do Ser Solo”, “Universo Paralelo”, “Finitude”, “Anunciação”, “Estética”, “Armários e despedidas”, “Remanescentes”, “Advento do Ser, metáforas da inquietude”, “Humana-idades”, “Meninas e mulheres”, “Maquinaria”, “Releituras de 06 solos de Gerson Moreno em tributo aos seus 20 anos de arte”, “Menino não chora” – De 2006 a 2009;


Festival Nacional de Dança do Cariri: Espetáculos “Cumplicidade na
contramão” e o “Lamentos e gozos da Imperatriz de Itapipoca” (Interferência de rua e espetáculo para o palco cênico) – Juazeiro do Norte (Centro Cultural Banco do Nordeste), Abril de 2010 e 2011;

Teatro José de Alencar:
Projeto ABRACADABRA – Espetáculos: “Rebento”, “Advento do Ser” e “Sólidos” – 2004, 2006 e 2008;

Projeto Teatro de Portas Abertas – Espetáculos: “Finitude”, “Carne Benta”, “Parágrafos e reticências” – De 2006 a 2009;

Mostra Zona de Transição – Solo “Cumplicidade na contramão”: 2009;

Aniversário do Teatro José de Alencar – Espetáculo “Humanidades”: 2008;

Circuito Itapipoca no TJA – Espetáculo “Lamentos e Gozos da Imperatriz de Itapipoca”: 2011.

Centro Cultural Dragão do Mar:

Projeto Quinta com Dança – Teatro do Dragão do mar.
Espetáculos: “Etnia, o baião das três raças”, “Carne Benta, o bailado do divino-profano”, “Intimidades”, “Finitude, sobre o tempo e a eterna idade”, “Meninos e homens”, “Advento do Ser, metáforas da inquietude”, “Sólidos” e “Em quatro compartimentos” – De 2000 a 2010;

Bienal Internacional de Dança do Ceará – Teatro do Dragão do mar e Anfiteatro do Dragão do Mar.
Espetáculos: “Carne Benta, o bailado do divino-profano”, “ Sincronia quebrada”, “Advento do Ser, metáforas da inquietude” e “Sólidos” – 2003, 2005, 2007 e 2009;

Centro Cultural Bom Jardim:
Projeto Sexta com Dança – Teatro do Bom Jardim. Espetáculos: “Advento do Ser, metáforas da inquietude” e “Sólidos” – De 2007 a 2009;

Banco do Nordeste:
Bienal Internacional de Dança do Ceará – Centro Cultural Banco do Nordeste. Espetáculo: “Advento do Ser, metáforas da inquietude” – 2007;
Sesc Iracema:
Projeto Terça se Dança – Teatro do SESC. Espetáculos “Advento do Ser Solo”, “Meninos e homens”, “Maquinaria”, “Pátria Sertaneja” e “Cumplicidade na contramão” – De 2006 a 2009;

Sesc Emiliano Queiroz:
Projeto Terça se Dança – Teatro do SESC. Espetáculos: “Bonança, corpo e água em poesia” – 2005;


Teatro das Marias:
Bienal Internacional de Dança: Terceira Margem, encontro de Par em Par. Performance experimental em processo do “Sólidos” – 2008;

Centro de Convenções:
Mostra do Jornal o Povo “Vida e Arte”, programação de dança. Espetáculo: “Advento do Ser Solo” – 2005;

Brasil

Estádio do Mané Garrincha, Brasília – DF:
Festival Nacional do Nordeste, espetáculo “Remanescentes” - 2007;

Teatro de Dança, São Paulo:
Participação de Gerson Moreno no espetáculo de Isabel Marques “Ares Familiares” na programação do Plataforma Dança de São Paulo, por ocasião do intercâmbio Balé Baião e Caleidos via Festival de Dança do Litoral Oeste - 2009;
Encontro de Solos verbais e não verbais SOLUS, Ipatinga – MG:
Único solo nordestino na programação oficial do SOLUS Ano II: Performance “Cumplicidade na contramão” de Gerson Moreno, Centro Cultural Usiminas;

África

Cidade de Praia – Cabo Verde

Em Janeiro de 2010, a Cia Balé Baião apresentou o espetáculo “Sólidos” no evento internacional Conexão Cabo Verde/ África, via Bienal de Dança do Ceará, ação promovida em parceria governo do estado do Ceará (SECULT) e governo de Cabo verde

Premiações>>

A Cia Balé Baião foi agraciada com quatro premiações estaduais via Edital de Incentivo às Artes, ação da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT) que contemplou suas atividades de pesquisa e produção coreográfica:
1a. Premiação – Área: Pesquisa de linguagem em dança. Título: “A poética da Improvisação” (2004).
Através dessa premiação a Cia organizou um cronograma de experimentações práticas e teóricas que originou a sistematização de exercícios de aquecimento, criação corporal e composição coreográfica do Balé Baião.
2a. Premiação – Área: Montagem de espetáculo. Título: “Finitude, sobre o tempo e a eterna idade” (2006).
Trabalho livremente inspirado no livro de Rubem Alves “Sobre o tempo e a eterna idade”, estreou no Projeto Quinta com Dança, no Centro cultural Dragão do Mar e circulou no interior cearense em mostras e eventos culturais.
3ª. Premiação – Área: Montagem de espetáculo. Título: “Advento do Ser, metáforas da inquietude...” (2007).
Espetáculo filosófico, discute as buscas humanas por respostas. Foram 05 meses de processo de estudos e vivências para se estrear na Mostra de Artes Cênicas Intenções, em Itapipoca – CE. O espetáculo ficou em cartaz no Quinta com Dança do Dragão do Mar, no Centro Cultural Bom Jardim e na Programação Oficial da Bienal de Dança do Ceará.
4ª. Premiação – Área: Circulação de espetáculo. Título: “Advento do Ser, metáforas da inquietude” (2008).
O prêmio favoreceu a circulação do espetáculo em cinco cidades do interior cearense: Paracuru, Sobral, Tururu, Trairi e Paraipaba, cidades que possuem Cias de dança contemporânea e escolas de dança que se afinam com a Cia Balé Baião desde a década de noventa, dentre elas a Escola de dança de Paracuru e a Escola de Artes de Trairi. Além da apresentação do espetáculo, a Cia ministrou uma oficina de contato-improvisação para artistas locais a partir da técnica desenvolvida no Balé Baião.
5ª Premiação – Área: Ponto de Cultura do estado do Ceará. Título: “Galpão da Cena de Itapipoca” (2011).
Contemplada pelo 2° Edital de Ponto de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT) a Cia Balé Baião, núcleo da Associação de Artes Cênicas de Itapipoca – AARTI, terá apoio financeiro durante três anos para dar prosseguimento, ampliar e difundir as atividades desenvolvidas em sua sede, o Galpão da Cena, tais como: Núcleo de Formação em dança para adolescentes, núcleo de pequisa e produção de vídeo-dança, núcleo de percussão e tradições afro-brasileiras, núcleo de produção, empreendorismo e captação de recursos e núcleo de confecção de figurinos e adereços para a cena.

Núcleos de extensão>>

Os Operários-dançarinos:
O núcleo de Operários-dançarinos da Empresa DASS é um projeto da Cia Balé Baião que integra funcionários-colaboradores da empresa de calçados DASS, filial de Itapipoca, em torno de vivências em dança contemporânea tendo como foco a emancipação do “corpo comum” via prática de criação individual e coletiva. O núcleo de Operários-dançarinos também circula com espetáculos na cidade, região e capital desde 2008 com performances para locais abertos.
Em sua trajetória já se apresentou no SESC Iracema com o espetáculo “Maquinaria” dirigido por Gerson Moreno, na Mostra de Artes Cênicas “Intenções” de Itapipoca com o mesmo trabalho, no Festival de Dança do Litoral Oeste com o “Tá na Hora” dirigido por Edileusa Inácio e no Teatro José de Alencar com o “Dizeres Operários” na culminância da residência de Gerson Moreno.
Corpos de trabalhadores comuns, operários das repetidas ações funcionais, homens e mulheres de fibra, conhecedores de “dores” e “prazeres” que marcaram mãos e pés com sinais que o tempo e a lembrança não apagam: dança-dores da sobre-vida!
Corpos dançantes residentes no interior do estado do Ceará, Litoral Oeste, Itapipoca (Do Tupi-guarani: pedra que estala, que faz barulho), “pessoas” antes de serem mão-de-obra, “sensibilidade” à flor da pele, do osso e do músculo antes de serem “assalariados”, “criadores” antes de serem adeptos de ofícios e rotinas.
Operários que se fazem intérpretes-criadores se agregam em cena para falar sobre essências e poéticas que habitam e co-habitam lugares e pessoas, nutridos-inspirados nas suas próprias experiências, descobertas e perdas enquanto homens e mulheres que se movem funcionalmente no cotidiano do trabalho, no dia-a-dia do bairro, da esquina e rua.
O espetáculo “Dizeres Operários”, mais recente trabalho dos operários-dançarinos dirigido por Edileusa Inácio, é uma fala coletiva, um eco comum nascido de divisões e partilhas, de descobertas desenvolvidas através de jogos de contato-improvisação onde os intérpretes exercitaram sobretudo a escolha e a autonomia na dança, o conflito cênico e a verdade expressiva do gesto. Falar sobre o indizível em épocas de frases feitas, de palavras pré-meditadas e previsíveis é um exercício de soberania da arte, especificamente um ato de redenção do corpo. A abstração do movimento nos faz transcender para espaços além do imediatismo e do racional, e proporciona pela sua “intervenção estética” rompimentos com os dizeres impostos e padronizados pelo sistema capitalista. O contexto é de violência sonora, frases que invadem agressivamente os ouvidos e corpos do cidadão, tanto na capital como no interior.
A ânsia é de falar o que precisa ser dito, de dizer o que nunca mais foi pronunciado, de escrever em parágrafos infinitas narrativas sem começo, meio e fim, somente metáforas, palavras-movimentos geradas por temas urbanos e interioranos. O espetáculo acontece a partir do diálogo entre os intérpretes que vivenciam em cena divisão de peso, acoplamentos, conduções e sustentações. Dialogar é o norte central, conversar corpo-a-corpo, escutas e pronunciamentos objetivos a cada novo instante, olhos focados na parceria e no espaço, dizer e contradizer de “corpo presente” contra qualquer possibilidade online. Desligar o MSN (por alguns instantes) e ligar-se ao outro na poética de uma possível sociabilidade: tribo ancestral.
Atualmente o Núcleo de Dançarinos-operários é dirigido por Edileusa Inácio, pedagoga e professora de dança da Cia Balé Baião. Funciona duas vezes por semana dentro do horário de trabalho da própria empresa.

A ESCOLA DE DANÇA E O BALÉ BAIÃO JOVEM

Desde 2005 a Cia Balé Baião abriu suas portas para formar adolescentes na área de dança cênica, priorizando sobretudo os jovens residentes na periferia da cidade que almejam estudar e aprofundar dança para serem multiplicadores junto a comunidade em que estão inseridos. O foco maior é desenvolver através de vivências técnicas e teóricas a dança da autonomia, onde o jovem seja criador e intérprete de sua dança particular e coletiva, protagonista de novas histórias através da construção de uma consciência cidadã, política e empreendedora, e de uma prática sócio-afetiva transformadora onde ética, respeito à diversidade e senso de colaboração são os alicerces pedagógicos.
A partir dos princípios defendidos por Paulo Freire (pedagogia do oprimido) e Isabel Marques (dança no contexto) a equipe de professores da Escola de Dança planeja e avalia sua atuação metodológica. A equipe é formada por pedagogos e educadores físicos que atuam em sistema de rotatividade a partir de áreas-linguagens específicas a serem aprofundadas no mês.
Semanalmente os jovens têm acesso a aulas práticas e teóricas de diversas técnicas e linguagens de dança, destacando as aulas de consciência corporal, danças tradicionais populares, hip hop, dança afro-brasileira, dança contemporânea, contato-improvisação, teatro físico, percussão corporal, performance, interferência urbana, vídeo-dança e composição coreográfica. A base de formação prioritária e permanente é a dança contemporânea, especificamente o contato-improvisação.
De 2005 para 2011 são diversas os projetos e realizações da Escola Balé Baião que merecem destaque:
Projeção de ex-alunos do Balé Baião na área do ensino da dança no município de Itapipoca e região;
Atuação de alunos e ex-alunos do Balé Baião em diversos setores da sociedade, incluindo empresas, escolas públicas e particulares, dentre outros, não somente como artistas, também como lideranças de grupos;
Montagem e circulação de espetáculos de dança em espaços públicos, escolas, eventos municipais, manifestos e mostras.
Entre esses espetáculos destacam-se no repertório:
1. Ocupação e delírio (2006);
2. Maracatudo (2006);
3. Armários e despedidas (2007);
4. Humana-idades (2008);
5. Corpo em cor (2008);
6. Aborrescentes (2009);
7. Pátria Sertaneja/releitura (2009);
8. Estética (2010);
9. Menino não dança (2010);

O GALPÃO DA CENA: CRIAÇÃO e COMPARTILHA
O Espaço “Galpão da Cena”, antiga serraria do bairro Coqueiro, é atualmente a sede da Cia Balé Baião de dança contemporânea. Há sete anos desenvolve um trabalho continuado de ensino, pesquisa, produção e circulação de dança através do Núcleo “Balé Baião Jovem” formado por adolescentes de cinco bairros periféricos da cidade. No galpão é oferecido semanalmente para 80 adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos, aulas de diversas técnicas de dança cênica, desde a moderna à contemporânea, oficinas de vídeo-dança, palestras e debates sobre temas emergentes relacionados ao cotidiano do jovem, tais como “Mundo do Trabalho”. Também acontecem mostras abertas de filmes de arte e dança, espetáculos e instalações com a participação de grupos locais e de outras cidades da região no Projeto de Formação de Plateia “Arte Caseira”. Todas essas ações são ministradas e coordenadas voluntariamente pelos professores e pedagogos da Cia Balé Baião. Atualmente o Galpão da Cena é PONTO DE CULTURA do estado do Ceará, região do Litoral Oeste – Vale do Curu.

FOCOS DO GALPÃO
. Potencializar as ações desenvolvidas pela Cia Balé Baião junto aos adolescentes, jovens e famílias da periferia de Itapipoca, proporcionando permanente formação técnica em dança, performance e artes audiovisuais, oficinas profissionalizantes, apreciação artística através de mostras de vídeo, apresentações de espetáculos, exposições de artes visuais e instalações;
. Agregar e articular adolescentes e jovens no projeto de formação em dança Balé Baião Jovem, vídeo-dança, percussão afro-brasileira, produção e eventos e empreendedorismo;
. Formar platéia e difundir as produções dos jovens dançarinos em circuitos mensais de apresentações de dança nos bairros periféricos da cidade, distritos, localidades e cidades vizinhas;
. Intensificar intercâmbios e residências artísticas com grupos e coletivos, estaduais, nacionais e internacionais.

Experimentos





Direção

Gerson Moreno


Intérpretes

Edileusa Inácio

Edilene Soriano

Cacheado Braga

Viana Júnior

Glaciel Farias

Ronny Souza